domingo, 5 de junho de 2011

Na tela do laboratório: Super Mario World!

Pois é, queridos, não somente de filmes e música este blog vive. Eu estava bem animado para falar com vocês sobre uma recente descoberta dos cientistas que a Via Láctea tem gosto de framboesa (sim, eu não estou brincando) e que temos um sucão no espaço, mas a piada seria muito infame para ser postada e o Gui e o Gê não me deixaram prosseguir com a idéia. Então, estava eu feliz e contente em meu computador, quando minha amiga Lari envia o som do Super Mario Bros e a luz veio. Eu faria uma matéria sobre o clássico jogo de SNES que conquistou a minha geração (chupem essa, geração Restart!) e ainda hoje é considerado um dos melhores jogos já feitos pela Nintendo. Super Mario World.


Mario? Que Mario? ~~RISOS~~



Também conhecido por Super Mario Bros 4, talvez seja um dos jogos mais populares desenvolvidos pela Nintendo para a sua plataforma Super Nintendo Entertainment System (SNES) contando a história que todos já conhecem dos irmãos encanadores que precisam salvar a Terra Dinossauro de Browser, viajando pelas regiões para alcançar o castelo do maior antagonista dos vídeo games de todos os tempos. Ainda na forma de cartucho, foi sucesso de críticas e venda, possuindo mais de 20 milhões de cópias vendidas pelo mundo, sendo relançado três vezes, primeiro em Super Mario All-Stars, para GameBoy Advance e, por fim, Wii em 2007 com algumas modificações do jogo original.

O jogo é desenvolvido em duas dimensões, possuindo como visão para o jogador dois planos diferentes não comunicáveis, o mapa geral e a fase a qual ele se encontra. Como jogabilidade, comparando com hoje em dia, não há muito o que ser feito, porém para a época possuía uma variedade de possibilidades para o jogador, sendo um game recheado de easter eggs, como truques e atalhos para finalizá-lo, conquistando a maioria das pessoas por tal fato. Além da ampla possibilidade dos mapas, apresenta, também, as famosas transformações de Mario, desta vez em "super herói" ou capaz de produzir bolas de fogo, assim como o companheiro do encanador, Yoshi, que também adquire novas capacidades de acordo com o casco de Koopa Troopa que ingere, aumentando as possibilidades de jogabilidade.



A história do jogo é simples. Depois de salvar a Terra das dorgas, mano riariaira do Cogumelo, os irmãos Mario e Luigi, aquele que a gente sempre esquece da existência, decidem passar as férias na Terra dos Dinossauros. Porém, enquanto descansam na praia, a vadia da Princesa Peach desaparece. Depois de horas procurando, sem conseguir encontrá-la, os irmãos encontram um ovo que se racha e dá origem ao dinossauro Yoshi, que os informa que seus amigos estavam sendo aprisionados em castelos por tartarugas malvadas, o que faz com que eles cheguem à conclusão de que aquilo somente poderia ser obra do rei dos Koopa, Browser, e seus Koopalings. Então, começa a aventura em busca da princesa e do resgate dos dinossauros pelas terras encantadas, lutando contra tartarugas, peixes, coisas estranhas... Tudo aquilo que já estamos mais do que acostumados nas fases de Mario.

Este jogo pode ser encontrado para download, assim como o emulador que poderá rodá-lo, uma vez que tanto a plataforma quanto o próprio jogo são difíceis de encontrar, pois sua produção se encerrou em meados dos anos 90, quando fora lançada a nova plataforma da companhia, o Nintendo 64. Também é possível encontrá-lo em emuladores próprios para video games atuais, garantindo horas de diversão entre familiares, sendo um jogo extremamente família e de fácil compreensão. É classificado como jogo para todas as idades e ganha 10 pontos na nossa escala, conquistando 5 tubos. Não esqueçam de pegar suas chaves inglesas, a boina vermelha e o bigode e rumo à luta!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Review de "Abraham Lincoln: caçador de vampiros"

Hoje o Gêzito veio aqui pra pegar um gancho no post do Bruno a respeito de Tim Burton, que eu simplesmente amei, porque sou fã dele também... No início vocês não vão entender nada, mas no final eu explico a relação de uma coisa com a outra. Então, primeiro vou explicar a temática que vou começar a desenvolver aqui: resenhas de livros. Como todos sabem, quem faz Letras lê igual uma traça de biblioteca, e eu tenho um outro blog em que faço resenhas sobre livros que eu considero maneiros para o pessoal ler... E, srsly guys, movam esses traseiros gordos aí e vão ler um bom livro, porque vocês precisam melhorar a leitura e a escrita, e aqui quem fala é o Professor Gê, sobrinho do Profº Pasquale e neto do Profº Sérgio Nogueira! -noway. Logo, vou unir o útil ao agradável. Vamos ao que interessa (ou não)!
O livro de hoje é...
 Depois de tantas histórias sobre vampiros brilhantes e criaturas da noite se apaixonando por colegiais, você fica até com receio de tirar da prateleira um livro que traga ‘vampiros’ talhado na capa. Passei os últimos três meses olhando para a capa de Abraham Lincoln: caçador de vampiros e tendo a dúvida de ‘será que é uma história clichê?’ e, com receio, adiando sua leitura. Mas chegou o dia em que eu não consegui mais fugir, tirei da prateleira e me surpreendi.
A história de Seth Grahame-Smith (autor de Orgulho e Preconceito e zumbis) traz para o mundo literário uma das figuras mais ilustres da história dos Estados Unidos, o presidente Abraham Lincoln. Porém, muito mais do que um relato biográfico, mescla a história real da vida do ex-presidente americano com a ficção, de uma forma tão bem feita que você chega a acreditar que realmente existiram vampiros na América do século XIX e que eles interferiram na história dos Estados Unidos.
Vamos começar pela capa do livro, que é magnífica, trazendo Lincoln segurando um machado nas costas e com borrifos de sangue para todo o lado. Até o logo da editora Intrínseca está estilizado, com manchas de sangue! Na contracapa, você toma um susto: a mesma imagem de Lincoln, porém de costas, mostra que além do machado ele segura também a cabeça ensangüentada de um vampiro.

 Eu conhecia muito pouco sobre a história de Abraham Lincoln, e admito que só a história de vida (real) dele já é um bom motivo para ler este livro. A forma como a história foi mixada com a ficção faz o leitor terminar o livro se perguntando se vampiros realmente existiram.  Imagens reais do presidente (mas que foram alteradas em photoshop para a temática dos vampiros) dão um toque realista que faz o livro ser o mais fiel possível a uma biografia. A história já surpreende no início, quando você vê o próprio autor Seth Grahame-Smith participando como se fosse um personagem, contando o que foi que o levou a escrever o livro. Ele trabalhava numa lojinha pouco movimentada, onde um dos clientes sempre chamava sua atenção. Certo dia, este mesmo cliente entrega a Seth um embrulho e uma carta que dizia para ele escrever sobre tudo o que descobrisse através do que continha o pacote. Ao desembrulhar, ele descobre que em suas mãos estão os diários originais de Abraham Lincoln, datados dos anos 1800. Então, Seth começa a desvendar o mundo de Abe (apelido de infância do presidente) e seus segredos, entre eles que sua mãe e boa parte de sua família foram atacados por vampiros.  Apesar da pobreza em que vivia na época, Abe faz votos de vingança e escreve em seu diário:
-“ Juro matar todos os vampiros da América”.
Começa então sua caçada visando exterminá-los um a um. Abe vai peregrinando pela América, em busca de trabalho e aventura, e dizima vampiros pelo caminho mesmo sem conhecê-los, apenas para vingar as mortes inocentes.  Então, ele conhece Henry, que salva sua vida do ataque de uma vampira que estava prestes a acabar com Abe. Não sabia ele porém que Henry também era um vampiro, ou seja, um dos seus inimigos, mas que ele tinha um comportamento menos selvagem e não matava igual aos outros.  Abe aprende então que nem todos os vampiros são iguais:
- “Não julgue que somos todos iguais, Abraham. Talvez todos mereçamos ir para o inferno, mas alguns merecem ir antes dos outros”.
Os dois se tornam amigos, Henry ensina Abe a aprimorar suas técnicas de extermínio e, durante a história, envia cartas com nomes e endereços de vampiros para que Abe os encontre e extermine. Com o desenrolar da história cenas surpreendentemente brilhantes vão acontecendo.
O livro tem um toque diferente, mesclando ficção com realidade. O formato de escrita intercala trechos do diário de Lincoln com a narrativa, um estilo muito bem pensado pelo autor e que faz o leitor ir e vir entre realidade e ficção. A noção da realidade da vida do presidente é muito clara, tendo ele passado por perdas de filhos e outras derrotas, bem como todo o trajeto de conquista da carreira política está traçado no livro. O autor conseguiu introduzir tais fatos de uma forma tão genial na narrativa que o leitor não se cansa pensando que está lendo um livro de história. Os vampiros trouxeram o toque do inusitado, deixando tudo ainda mais fabuloso.
Abraham Lincoln: caçador de vampiros está repercutindo tanto que chegará aos cinemas em breve numa produção de Tim Burton, o mestre dos filmes surreais. Peguei o gancho por isso. Podem ter a certeza absoluta de que essa história vai render um dos melhores filmes de Burton, eu já estou ancioso pra que esse filme seja lançado em 2012 (isso se os maias não acabarem com a nossa raça, of course). Devorei o livro em três dias, e recomendo a todos aqueles que gostam de misturas inusitadas. É sobre vampiros. Estes não brilham. Estes não se apaixonam. O que você está esperando para ler?