sexta-feira, 27 de maio de 2011

Reação Musical: Sucker Punch OST

Para quem acompanhou o blog, sabe que eu adoro fazer críticas sobre artistas, músicas e filmes. Eu estava bem no clima de fazer um review sobre o novo álbum da Lady Gaga, que foi lançado agora em maio, mas o meu espírito underground fez com que eu desistisse dessa idéia, já que eu tenho a leve impressão que ninguém mais aguenta ler sobre esse álbum (que, para os curiosos sobre a minha opinião, ficou muito bom, porém extremamente difícil de acostumar com as músicas - é daqueles que leva um tempo pra poder gostar). Então pensei em comentar um pouco sobre Sucker Punch, o filme com Emily Browning num papel sexy e esquecendo todo aquele clima infantil que possuía em Desventuras em Série, mas, novamente, seria um pouco cansativo para comentar, pois foi bem criticado em muitos outros blogs e sites. Portanto, resolvi comentar sobre a trilha sonora do filme! Genial, não?



O estilo predominante do álbum é um dark rock muito agradável de ouvir, misturando batidas que é possível reconhecer de faixas dançantes com guitarras e baterias, aplicando-as em músicas que não são originais para o filme, mas regravadas com um arranjo completamente novo e inovador (em minha opinião, claro). Afinal, não é todo dia que lançam White Rabbit numa versão que é possível imaginar uma cena completa de guerras e lutas épicas como acontece com a versão apresentada pelo filme. Pode se dizer que o soundtrack de Sucker Punch é sexy e provocativo, exatamente como o próprio filme, que abusa da sensualidade das atrizes que interpretam como se estivessem em um cabaré.

Sweet Dreams (Are Made Of This): em minha opinião, é a melhor faixa do álbum. Interpretada na voz de Emily Browning, que eu nunca imaginei que possuía uma voz tão boa assim, canta a música que todos conhecem na versão de Marilyn Manson. É completamente dark, não lembrando nem um pouco a versão de rock do cantor, possuindo um ar mais sexy e envolvente que a original, dando o toque necessário no prólogo de Sucker Punch de desespero e conflito que precisam e, o mais incrível, é que tais sentimentos persistem toda vez que a música começa a tocar.

Army of Me: interpretado por Björk, é uma música que eu não me impressionaria se tocasse em um show de strip-tease devido a sua batida e voz mais arrastada da cantora. Quando eu escuto, confesso que consigo imaginar uma daquelas festas num salão parecido com o bueiro da Britney Spears em Till The World Ends, em que todos estão praticamente nus e se pegando, bêbados, numa luz piscante vermelha, com garotas fazendo topless e todos estão suados e sujinhos com roupas rasgadas e sem algumas peças. Sim, é este o nível da música. Em minha opinião, é a mais sexy da soundtrack. Se for comprar no iTunes as faixas separadas, esta talvez seja a que eu recomenda a ser a primeira a ser adquirida.

White Rabbit: a letra já é, por si só, divertidíssima, sendo uma referência mais do que explícita de Alice in Wonderland (o meu livro favorito, aliás), e a música não fica para trás. É épica, é guerra, é luta de espadas, é missão de espiões. É ação. White Rabbit faz você ter vontade de pegar uma katana, amarrar uma faixa de Rambo na testa e sair matando zumbis nazistas pela cidade. O pequeno solo que colocam é o suficiente para você ir para outro planeta e não conseguir mais sair dele, exatamente como nossa protagonista do filme faz.

I Want It All/We Will Rock You: para os amantes de uma música mais black, vai adorar esse mash-up de um rap feito para a música do Queen e a original de We Will Rock You. É uma música viciante e eu confesso que não sei o que imaginar nessa, porque ela provoca muitas reações em quem escuta. Provocante, é uma que você pode usar tanto para uma festa no estilo da que eu comentei em Army of Me, quanto a guerra em White Rabbit. É um misto de emoções épicas e, vamos combinar, estamos falando de Queen. Não teria como ser menos - eles fazem jus à banda que eles usaram nesse remix.

Search and Destroy:  é o rockzinho menos dark do álbum inteiro, sendo aquela faixa que colocamos numa viagem que vai demorar horas e queremos ouvir algo que nos anime para ficar dirigindo. É música de estrada, principalmente como soundtrack para quem gosta de motos Harley-Davidson. Bate cabeça. Fim.


Tomorrow Never Nows: esta faixa, cantada por Carla Azar, lembra muito o estilo de White Rabbit e I Want It All, mas a voz da cantora, por ser mais suave, não chega a ser tão pesado quanto as mencionadas. As batidas também possuem um ar mais eletrônico, sem perder o clima de rock, e eu arriscaria dizer que seria apropriada para ser escutada antes destas, aliás, como se fosse um aquecimento para o que está por vir.

Where Is My Mind?: esta faixa conta com a participação de Emily Browning, lembrando o clima mais pesado que é apresentado logo na primeira faixa, Sweet Dreams (Are Made Of This), muito embora não seja tão dark. Boa para momentos fossa e depressivos assim como para os momentos que você somente quer pensar na vida antes de dormir. Eu sou amante de duetos homem-mulher e eles mandaram muito bem, pois a voz dos dois combina tanto com o ritmo da música quanto entre si. Ponto positivo.

Asleep: a música mais triste do álbum e a mais bonita, uma das minhas favoritas. Também interpretada por Emily (oi), é extremamente depressiva e fala sobre uma garota que quer se suicidar. É emocionante e combina com a voz da atriz incrivelmente - que não desafina - e deixa até a pessoa mais agitada calma e ligeiramente depressiva. Se está triste, passe bem longe dessa música, entendido? Bem. Longe. Muito embora nem eu mesmo consiga resistir a ouví-la.

Love Is The Drug: é no esquema de Search And Destroy, sendo leve, divertida e dançante, também interpretada pelos atores Carla Gurgino e Oscar Isaac. É sexy e tem um ar meio latino, uma delícia de ouvir, sem o mesmo clima mais tenso que existe em algumas das músicas do álbum. Se vocês lembram de Moulin Rouge, essa música lembra ligeiramente "Roxanne", mas muito mais animada e dançante. Impossível não gostar desta faixa.


Para quem assistiu a Sucker Punch, sabe do que eu estou falando quando digo que o álbum recebe 10/10 em sua nota final, com 5 tubos. As faixas conseguem condicionar nossas emoções de forma que sequer notamos, o que se torna essencial quando se trata de uma trilha sonora para um filme. Assim como o próprio diretor, Zack Snyder, menciona, a música foi criada para o longa para levar as personagens a um mundo de fantasia, causando a mesma sensação em quem escuta e o assiste. Em suma, o álbum é sexy, é épico, é dark. É fantástico. Mais do que uma recomendação, é uma obrigação ouvir suas músicas.

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